segunda-feira, 31 de março de 2014

Tropeçando nas lembranças



Por onde andarás tu?
Pegadas apagadas com o tempo.
Rastros solapados meu desejo acende.
De um amor que mesmo distante.
É cada dia mais latente.

Caminho pela rua tão soturna.
Tropeço nas lembranças tuas.
Lentamente vou fenecendo.
Sofrendo teu desprezo desmedido.
Aumenta meu amor incontido.

Estaria ao meu lado se eu fora sincero?
Sem tentar conquista sorrateira.
Tendo me declarado profundo e direto.
Quiça teria migalhas do teu sorriso.
Nem teria ido e levado minh’alma contigo.

Nesse dia de chuva.
Vejo pessoas tristes caminhando.
A tristeza é delas ou de quem está olhando?
Não sei se chove.
Ou se sou eu que estou chorando.

Se aqui tu estivesse agora.
Verias que sou melhor do que outrora.
Queria estar contigo novamente.
Ainda que só tendo gotas de tua piedade.
E um sorriso dissimulado de amizade.

Perdoe por não te fazer amar-me
Não posso arrancar o sentimento que me arde.
Tua recusa é o combustível.
Para manter meu amor vivo.
Justamente por ser inatingível.

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