domingo, 9 de março de 2014

Um novo sentido



É um engano pensar.
Que sou só olhos que não enxergam.
Pelo modo como vejo.
Não preciso de retina ou cristalino.
Mas de criatividade e coração tranquilo.

A cegueira é meu grito de liberdade.
Recuperando amiúde.
Sensações roubadas pela visualidade.
Sou agora dono de minhas próprias imagens.

A luz que se vai,
Não leva o brilho do meu olhar.
Tenho ainda muito a conquistar.
Posso ter o mundo em minhas mãos.

No epitáfio de minha física visão escrito está:
Perco um sentido sensorial.
Ganho um sentido existencial.

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