terça-feira, 14 de junho de 2016

Por um mundo com mais empatia

Temos passado por dias difíceis não só no Brasil, mas no mundo todo. Quando pensamos que a sociedade ocidental dará uma guinada adiante e deixando para trás velhas práticas que só atrasam a nossa existência em um mundo mais autruista, solidário e feliz, surgem novos fatos que nos fazem duvidar da humanidade, embora comigo isso não dure mais do que um minuto.
É uma tarefa árdua lidar com o contraditório, com aqueles que pensam diferente e que por vezes de acordo com os nossos posicionamentos, estão tentando fazer um mundo mais agradável para si do que para a coletividade, mas cada vez menos eu tenho caio nessa cilada. Eu não odeio as pessoas, apenas penso diferente delas - de algumas muitíssimo diferente, diga-se.
Diante dos últimos acontecimentos, tenho visto manifestações como:
"Se a mulher é oferecida demais, se veste como uma puta e transa com qualquer um, não é estupro, ela que pediu".
"Se a pessoa não tem um emprego é por que não quer, afinal, tem trabalho para todo mundo no Brasil"
"Se aqueles viados estivessem em casa com suas famílias e não saíssem desfilando sua promiscuidade por ai, não teriam morrido. Deus fez o homem e a mulher, qualquer coisa fora disso é nojento"
"Se o deficiente encontrasse Jesus, curaria seu pecado e voltaria a ser normal"
Vivemos em tempos nos quais por qualquer motivos as pessoas julgam umas às outras, sem pensar que de estilingue logo viram vidraça. Percebo que mesmo aqueles que fazem parte de minorias julgam outros como se o peso do preconceito também não recaísse sobre eles. Vejo cegos julgando gays, desempregados e pobres; vejo mulheres julgando outras mulheres, negros, nordestinos.
Já é hora de pararmos, refletirmos e de pensarmos de outros modos. Eu sugiro que a gente troque o julgamento pela empatia. Ao julgar o outro, estamos destruindo um pouco do que há dentro de nós mesmos, ao passo que se irradiarmos empatia estaremos construindo lindas e sólidas pontes entre nós e os outros.Fomentar a empatia significa cultivar o amor próprio, ou melhor ainda, descobrir o que é propriamente o amor.
A empatia pode ser o remédio que cure nossa falta de sensibilidade, pode ser o caminho menos tortuoso rumo a uma vida com menos rancores e mais compaixão. Ao evitarmos julgamentos nos livraremos das águas turvas e frias do preconceito e navegaremos nos verdejantes e tranquilos mares do amor.