terça-feira, 6 de setembro de 2011

O admirável mundo cultural

Amor à vida! Amor à pesquisa! Amor a arte! Amor à cultura!
Talvez seja isso que faça de mim uma pessoa inquieta, como se um pouquinho de mim estivesse em tudo, como o pólem que plaina livre na brisa primaveriu. Em cada gota de sangue que percorre meu corpo pulsa um irrefreável desejo de conhecer o mundo, mesmo sabendo que esse conhecimento seja fugidiu e imcompleto. Tenho uma curiosidade insaciável, pois vejo cada nascer do dia como se fosse o último, cada blackbird como se fosse o último. Não porque eu ou eles deixarão de existir, mas simplesmente porque chegará o dia em que mesmo de olhos aberto - e os vendo - não mais os enxergarei.
...
Durante muitos séculos foi sonegado às pessoas com deficiência o seu direito de participação e acesso aos ambientes e produções culturais. Ainda assim, a produção artítico-cultural por parte desses sujeitos não é algo que começou a acontecer recentemente. No entanto, tais produções eram em número muito pequeno e tinham uma circulação muito restrita.
Da mesma forma, até duas décadas atráz - e ainda hoje - o acesso aos museus, teatros, cinemas, bibliotecas e outros ambientes culturais por parte das pessoas com deficiência eram quase impensáveis. Tais fatos não permitiam a essas pessoas, um acesso e consumo - não no sentido mercadológico - cultural.
Com a globalização, as novas políticas de inclusão e a busca por novos e emergentes mercados, bem como o surgimento de novas tecnologias, e até se pode dizer que houve uma certa democrátização do acesso a determinados conteúdos culturais por conta desses fatos, ao menos no que tange às produções culturais de/sobre/para sujeitos com deficiência, assim como muitos recursos de acessibilidade também foram fundamentais nesse processo.
Esse acesso e produções artístico-culturais de/sobre/para pessoas com deficiência, tem sido usado muitas vezes como estratégia normalizadora de cada um de nós, para que ao invéz de ressaltarmos nossas diferenças, valorizemos "chegar o mais perto possível de ser normal".
Por outro lado, este espaço que se abre em busca da normalização, pode ser subvertido e usado como uma potente forma de reivindicação da diferença, dissipando preconceitos, estereótipos e estigmas. Fazendo disso, não um modo de ressaltar aquilo que nos falta, mas de demonstrarmos nossas possibilidades e potencialidades, nas diárias lutas por nossos direitos à diferença.
Por isso, pretendo com este blog, abrir um espaço de debate sobre diversas questões artístico-culturais no que diz respeito às pessoas com deficiência. Além disso, servirá - ao menos pretendo - para a constituição de um banco de dados sobre diversas produções culturais de/sobre/para pessoas com deficiência.
Então conto também com a participação dos leitores com seus comentários e enviando ou divulgando produções culturais que tenham essa temática. Terei o maior prazer em divulgá-las, fazendo-as circular e até atingindo um público numérica e qualitativamente mais amplo.
Convido todos a fazerem parte desse adnirável mundo novo de arte, culturas e saudação à diferença.
Sejam sempre bem-vindos
Um fraterno abraço
Felipe Leão Mianes

Nenhum comentário:

Postar um comentário