domingo, 28 de abril de 2013

Audiodescritor em Foco - Entrevista com Bell Machado

Bell Machado trabalha na Prefeitura de Campinas como assessora na Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. Bacharel em Filosofia (Unicamp). Estudou Fonoaudiologia na PUC-Campinas e Agronomia, na Universidade de Padova, Padova - Itália. Mestranda em Multimeios no Instituto de Artes da Unicamp. Audiodescritora da ONG Vez da Voz.
Pioneira da Audiodescrição no Brasil, pois, desde o ano de 2000, fez a audiodescrição ao vivo de 290 filmes. Iniciou seu trabalho em audiodescrição de filmes para pessoas com deficiência visual, no Centro Cultural Braille de Campinas.
Coordenou de 2005 a 2011 o projeto de inclusão social, cultural e digital do MinC: Ponto de Cultura Cinema em Palavras no Centro Braille. Ministrou  por dois anos o curso “Introdução à formação de audiodescritores” oferecido para professores da Rede de Ensino da Prefeitura Municipal de Campinas.
Em 2012 fez a audiodescrição simultânea do Evento “Prêmio Folha – Empreendedor Social “ocorrido no Masp/SP e pela 1ª vez no Brasil  com transmissão ao vivo na web, diretamente dos estúdios do UOL.
É agente cultural do Projeto da Petrobrás-Cinema BR em Movimento, no qual exibe filmes brasileiros com audiodescrição ao vivo.
É integrante do Grupo AD–ABNT, grupo de discussão das normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que tem o objetivo de estabelecer as diretrizes para a produção de audiodescrição no Brasil.



1 - Como você se tornou audiodescritor? Que importância a audiodescrição tem na sua vida?
Bell - Minha incursão ao trabalho desenvolvido com cinema e filosofia na audiodescrição de filmes deu-se por meio do curso de filosofia, na Unicamp, em 1999, quando estudei
Carta sobre os Cegos*, escrita no século XVIII pelo filósofo francês Denis Diderot. A Carta sobre os Cegos impressionou-me e me encantou de tal maneira que, nos 10 anos seguintes, meu trabalho e estudos versariam sobre questões referentes à maneira pela qual o homem constroi seu conhecimento por meio dos sentidos, e ao modo como a pessoa cega ou com deficiência visual elabora o juízo de suas percepções.
Em 2000, fui convidada pela então coordenadora técnica do Centro Cultural Louis Braille de Campinas, Eduarda Leme, para fazer o “Cinema Narrado” – atualmente o que se denomina audiodescrição, prática que ela e Cristina Loyola já desenvolviam há um ano – para pessoas com deficiência visual e cegueira. Como professora de história do cinema, achei estimulante, pois seria um modo de – ao mesmo tempo – desconstruir e roteirizar oralmente cada plano-sequência, no sentido de descrever o cenário, as pessoas e suas expressões, o vestuário, os movimentos de câmera, os deslocamentos espaciais e temporais, enfim, toda a estrutura de um filme, e o mais desafiador ainda: fazer tudo isso ao vivo, no momento da exibição do filme (na época não tínhamos recursos para fazer o roteiro de audiodescrição prévio do filme e muito menos realizar a audiodescrição gravada).
A escolha dos filmes era feita a partir de temas, país, gênero ou simplesmente pelo interesse em um determinado filme o qual as pessoas com deficiência visual não teriam condições de assistir no cinema. A maioria dos filmes selecionados, com exceção dos brasileiros, era de produção europeia, asiática, iraniana, enfim, não tinha sido exibida com dublagem nos cinemas, com o agravante de ser dificilmente encontrada nas locadoras.
A formação desse novo público espectador de cinema foi um grande desafio, pois, na época, (2000 a 2004), muitos usuários do Centro Cultural Braille não tinham o hábito de assistir a filmes – nem mesmo na televisão – e, assim sendo, não queriam participar das sessões de audiodescrição.         Com o tempo isso mudou. A maneira pela qual os filmes foram sendo apresentados, narrados, (como se dizia na época) e debatidos foi um fator determinante, tanto para desmistificar a ideia de que filmes não são para as pessoas com deficiência visual, quanto para despertar nessas pessoas o interesse e a adesão às atividades. Certamente outro fator importante foi o número de exibições, que ocorriam semanalmente durante todo o ano e a partir de 2005, duas vezes por semana. Era quase um cineclube, mas infelizmente, ainda para um pequeno grupo de usuários cinéfilos. Atualmente dois deles, Jean Braz e Evandro Chequi, são revisores de roteiros de audiodescrição.
Bem, a importância que a audiodescrição tem em minha vida não é uma resposta simples, nem breve. Cresci habituada a falar para pessoas que enxergam sobre coisas que já viram, mas em meu trabalho com audiodescrição durante doze anos no Centro Cultural Braille tive que aprender a falar para pessoas que não enxergam sobre as coisas que nunca viram. (não do meu modo, não pelo sentido da visão). E no início não tinha com quem discorrer sobre meu novo aprendizado, a não ser com as próprias pessoas cegas, as quais me ensinaram a fazer a audiodescrição. Mesmo em um mundo predominantemente ordenado pelas coisas visíveis, acredito no invisível, que se aloja no campo da imaginação e por isso respeito a imaginação. E é também por meio da audiodescrição que podemos, nós videntes, aumentar o repertório das ideias das pessoas com deficiência visual para uma melhor fruição do filme. Penso que pesquisadores e educadores devam ter um comprometimento com a produção do saber aliada a novas alternativas de comunicação.
Respondendo mais objetivamente à segunda parte desta pergunta, posso dizer que minha vida é norteada pela questão da inclusão, e que há anos a audiodescrição está atrelada ao meu cotidiano, pois está intrínseca em todas as formas do meu pensar e agir, em meus estudos, em minha vida familiar e social, em meu lazer e principalmente em meu trabalho.
2 – Na sua opinião, o que a AD representa para seus usuários? O que pode provocar na vida dessas pessoas?
Bell - Num primeiro momento gostaria de deixar claro que minha opinião sobre o que a audiodescrição representa para alguns usuários, e não para todos logicamente, é apenas uma reflexão baseada em muita convivência com diferentes pessoas que não enxergam. Sempre me questiono, pois diante da convivência ainda maior que tenho com pessoas que enxergam, não saberia dizer, de um modo geral, coisas sobre elas – E por que então poderia dizer tão assertivamente algo sobre as pessoas cegas?
Então, voltando à questão da opinião sobre a pluralidade do olhar e seus desdobramentos e, portanto, sobre a audiodescrição, posso dizer que conheci pessoas com deficiência visual que se deslumbraram com a audiodescrição das imagens e esse fato engendrou uma mudança comportamental e psicológica violentas e uma nova perspectiva de vida, pois a possibilidade de “educar” o olhar a partir do estudo da estética do cinema trouxe a essas pessoas um novo repertório imaginário e, portanto, a segurança, a autoestima e o conhecimento necessários para se discutir as imagens, em quaisquer esferas em que elas se apresentem.
- E me digam qual é o lugar que vamos que não se fala do visível?
Por outro lado, cansei de insistir desde 2000, para que alguns usuários assistissem a uma sessão de cinema e muitos nunca entraram na sala. Outros entraram, mas não voltaram tantas vezes. Não posso afirmar com certeza muitas coisas sobre isso. O efeito que uma audiodescrição produz na mente de um espectador cego é particular, individual, genuíno, mas penso que se a audiodescrição for apresentada desde criança, o processo da contemplação, absorção dos conteúdos, formação das ideias e elaboração será muito diferente. Ver essa realidade mudada acho que é o grande sonho dos audiodescritores e antes deles, logicamente, das pessoas com deficiência visual, pois ela significaria a mudança da sociedade.

3 – Quais as maiores dificuldades e quais as maiores alegrias em ser audiodescritor?
Bell - Qual dificuldade?Interna ou externa?
Falarei primeiro da interna. Acho que a dificuldade se estabelece para o indivíduo numa relação de proporção de sua vontade e competência. Narrar filmes para mim, foi algo que aconteceu naturalmente. Minha área de estudo e trabalho era o cinema, que conhecia muito bem. Por outro lado eu estava num campo completamente desconhecido, que era o das pessoas que não enxergavam. Mas meu encanto por esse mundo (Jean me matará por falar “desse mundo”!), foi tão grande que me deslumbrei. Foi um processo visceral, individual e coletivo, pois tive que aprender a fechar os olhos, a não ver, a rever, a refletir sobre a obviedade da imagem, a imaginar o tempo e o espaço misturados. Eu não tinha algo objetivo, não tinha um foco e foi aí que desfrutei dos ensinamentos de meu caro professor Milton de Almeida, que sempre me alertou a não me especializar pois o foco excessivo tiraria a possibilidade do olhar periférico e das outras possibilidades do olhar.
Quanto às dificuldades externas, em comparação ao ano de 2000, não são nada! Não que a sociedade tenha mudado tanto, no que se refere à inclusão e às barreiras atitudinais, mas não sofro mais aquela sensação de estar só. Sempre tive a certeza de que as mudanças ocorrem a partir da vontade própria e do modo como ela se representa e foi isso que me fez persistir. Hoje minha alegria é ainda maior porque vejo audiodescritores maravilhosos em caminhos diversos, e que juntos, lutam pela inclusão. Meu caminho solitário acabou e posso dizer para aqueles que me consideraram alienada, burguesa e obstinada, que valeu a pena.
A maior alegria em ser audiodescritora não é tanto poder descrever imagens para as pessoas que não enxergam ou não as compreendem muito bem, mas é dialogar sobre a parte invisível do olhar, aquela que está na mente de cada um, inclusive das pessoas que não enxergam.
 



4 - Você concorda com a ideia de que a AD, mais do que informar, deve proporcionar que o usuário usufrua e sinta as sensações do que é descrito?Você acredita que a audiodescrição além de um recurso de acessibilidade seja também uma produção cultural?
Bell - Ao meu ver toda e qualquer informação necessariamente evoca no indivíduo uma reação, consciente ou não, que é instantaneamente transformada em fruição, sensações de prazer, de dor, juízos de valor, (belo, feio, justo, falso, etc).  Não vejo porque seria diferente com as informações da audiodescrição. Existem muitas maneiras de se explicar esse percurso da informação, tanto na filosofia, na estética, na semiótica, na psicanálise e para refletir melhor sobre isso, sempre me pauto na reflexão de que não é o olhar que engana, mas o juízo que se faz das percepções que vêm por meio de todos os sentidos que possuímos.
Para responder a segunda parte da questão, me utilizo de um trecho de meu artigo A parte invisível do olhar publicado no livro “Educação e cultura audiovisual:ressonâncias"
RODRIGUES, U. A.; AMORIM, A. C. R.; COSTA, A. V. P. P.; SILVA,, J.M.B.; MACHADO, I.; SOARES, C.L.;  01/2012, ed. 1, Moderna, Vol. 1, pp. 6, pp.5-10, 2012, que versa sobre o filme de Abbas Kiarostami, “Shirin” e, entre outras a questão, por assim dizer, da pluralidade das linguagens que pode ser entendida como novas formas de se produzir conhecimento ou compreender algo já conhecido, e portanto, não somente  uma produção no sentido de uma nova cultura de hábitos e costumes da pessoa com deficiência visual e intelectual, mas também no sentido do audiodescritor ser o produtor de um novo conceito da obra a partir da sua descrição da imagem.
Se entendermos o olhar como um filtro subjetivo de uma realidade que não existe em si, mas, para cada um, e se entendermos que cada audiodescritor tem que seguir uma norma, mas também é livre para escolher a imagem e a maneira dela ser descrita, não temos como desvincular essa ação da liberdade artística.
            “Perceber o que um sentido diz para o outro, ver a passagem de uma forma de expressão (cinema) em outra (cinema descrito); entender a vontade de ver e a sua representação; colocar em desequilíbrio a interpretação; traduzir ou transformar as imagens em palavras são formas possíveis de inter relações, fundamentais dentro do processo de conhecimento da imagem. Na audiodescrição de um filme, toda descrição escolhida significa o abandono de outras possibilidades e, portanto, a construção de um significado. Por isso, não há um modo perfeito e satisfatório na audiodescrição. 
            Transformar as imagens de um filme em palavras é um modo de explorar o repertório linguístico, imaginário e artístico do audiodescritor. Durante o momento em que a imagem é observada, o descritor entra em um momento suspenso de intensa reflexão sobre o que deve ser descrito, pois aquelas imagens são invisíveis para alguns, e somente ele pode torná-las visíveis para, assim, dar-lhes um sentido, de modo análogo ao que faz um cineasta e sua câmera.
            Seja a descrição de uma cena, de uma pessoa, de um cenário, da mudança de tempo e espaço ou de um objeto, ela cria na imaginação daquele que ouve (cego ou não), um espaço (uma interferência, uma intromissão), que é rapidamente ocupado por outras ideias, transformadas em imagens, sensações e sentimentos. A imagem audiodescrita é resultado de uma montagem interna das percepções do descritor. Essas imagens trazem palavras.  Milton de Almeida disse que “cinema é a arte da fala, a arte da oralidade”. A arte de ver está ligada à arte da memória”* .
            As palavras revelam a ideia das coisas.  A audiodescrição ancora-se nas palavras e na imagem. Cria ou forja uma ideia da imagem que vai se juntar ao conceito interno de cada um, decantado na memória, o que torna diversa a intelecção.
            Um objeto está na memória. O olhar sobre o objeto depende do juízo que se faz das percepções, que vêm por meio de todos os sentidos. A imagem que enxergamos não está nem no objeto em si, nem em nosso olhar, mas em nossa imaginação, que, de acordo com Milton de Almeida, é um lugar que pode ser chamado “entremundo”.
            A imagem audiodescrita é, para alguns, a intromissão desejada, a possibilidade de ampliar o entendimento e contribuir para o imaginário da pessoa cega; para outros, é a intromissão repudiada, visto que tira a autonomia da imagem e, por consequência, infere na liberdade da percepção do espectador.
            A descrição do visível é o gesto da palavra, é como se descrevêssemos a música por meio de uma língua musical, e déssemos à imagem um gosto e um perfume. A descrição do visível pode levar o homem a confortar-se na loucura, a confrontar-se com a paz. É um deleite dos sentidos.
             É, em nossa imaginação, em um lugar que Milton de Almeida chama “entremundo”, que se encontram as metáforas óticas de Shirin: o real, o artifício e sua distinção; é também nesse “entremundo” que vivem os personagens, os espectadores e os audiodescritores, que se encontram por causa do cinema, que só nos chega pelas mãos do cineasta graças à parte invisível de seu olhar.”.
 
5 – O mundo está cada vez mais visual, e se levarmos em conta que a visualidade é a matéria-prima da audiodescrição, ainda há muito a ser explorado nesse campo. Junto a isso, temos a ampliação e difusão dos produtos e políticas culturais para acessibilidade por parte dos governos e da sociedade civil. Diante desse cenário, quais desafios você acha que devem ser enfrentados para expandir a audiodescrição, tanto em quantidade como em qualidade?
Bell - A visualidade é sem dúvida, a matéria-prima da audiodescrição, porém,
atrelada a uma educação dos sentidos, a uma sensibilização das
percepções ou, se preferirem, a uma educação e ao exercício do olhar.
Se assim não o for, dificilmente o acesso fenomenológico às coisas do
mundo bastará para que o audiodescritor descreva aquilo que foi visto. A qualidade de um profissional em audiodescrição está ligada ao tipo de formação. Penso que devemos investir em cursos de longa duração como especialização e pós-graduação. Eles são fundamentais para o estudo aprofundado das áreas em que a audiodescrição se aplica.
Entre os tantos desafios a serem enfrentados, penso ser fundamental promover o desenvolvimento de políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência, assim como estabelecer parcerias com as diversas esferas de governo e iniciativa privada. Sabemos que algumas políticas já foram adotadas, mas não existe um órgão que as fiscalize adequadamente. É muito importante que exista uma articulação entre governo, iniciativa privada e sociedade civil, no que se refere à formação de profissionais, leis de incentivo à aplicabilidade do recurso, criação de espaços físicos e uma política de comunicação.
Tenho visto ações inclusivas geniais vindas de todas essas esferas, porém, a quantidade de eventos ainda é pequena e desse modo, torna-se inviável a formação de um público com deficiência visual e consequentemente de uma sociedade inclusiva.




*DIDEROT, Denis. Carta Sobre os Cegos para uso dos que v[ê]eem, 1749. In GUINZBURG, J. Diderot: Obras I – Filosofia e Política[:]. São Paulo[,]: Perspectiva, 2000. Com Voltaire e Rousseau, Diderot foi uma das figuras seminais do Século das Luzes e da fermentação cultural que levou à Revolução Francesa. Sua obra e suas idéias, não menos que as do autor de Candide ou do Contrato Social, encontram-se na base não só do movimento do Racionalismo francês ilustrado, como do processo de toda a modernidade filosófica, política, científica, literária e artística”. A “Carta sobre os Cegos” é um estudo no qual Denis Diderot discute, entre outras coisas, a maneira pela qual um cego congênito pode adquirir conhecimento, quando começa a enxergar, depois de fazer uma operação de cataratas. A investigação sobre o modo como o cego reconhecerá os objetos e a importância dos sentidos como fonte de conhecimento[,] são algumas das questões estudadas pelo filósofo. A partir da leitura, dou início ao meu trabalho desenvolvido, no Centro Cultural Braille, no qual ressalto algumas passagens e comparo as respostas do cego de Puilsaux, às de outros cegos entrevistados, alguns cegos de nascença, outros que perderam a visão ainda crianças, ou ainda, que a perderam recentemente. Faço, portanto, conjuntamente com eles, uma revisão comentada da “Carta sobre os cegos” em pontos considerados fundamentais para uma compreensão, aproximada ao menos, do universo dos cegos, que segundo eles, é o mesmo dos que veem.
*Milton de Almeida


 
Bibliografia:
ALMEIDA, Milton José de. Cinema Arte da Memória. Campinas, SP: Autores Associados, 1999.
ALMEIDA, Milton José de. O teatro da memória de Giulio Camillo. Cotia/Campinas: Ateliê Editorial/Unicamp, 2005.
ALMEIDA, Milton José de. Notas à margem da memória.
YATES, Frances A. A Arte da Memória. Campinas, SP: Unicamp, 2007.
TARKOVSKY, Andrei. Andrei Rublev (roteiro), 1966.
DIDEROT, Denis. “Carta sobre os Cegos in: Guinsburg (org.), Obras I – Filosofia e Política. São Paulo: Perspectiva, 2000.
MOTA, Lívia; ROMEU FILHO, P. (org.) Audiodescrição-Traduzindo imagens em palavras. São Paulo: Secretaria do Estado da Pessoa com Deficiência de São Paulo, 2010.
AUMONT, Jacques. O olho interminável (cinema e pintura). São Paulo: Cosac Naify, 2004.

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Entrevista: Felipe Mianes

3 comentários:

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  2. Felipe Milanês em primeiro lugar para bens pelo seu BLOG. Também sou blogueira! Gostei de mais da entrevista da Bell Machado. Vou compartilhar no meu Blog também Um grande abraço e espero continuar recenedo seus post

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  3. Respostas brilhantes, perguntas espetaculares!

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