quarta-feira, 27 de julho de 2011Seminário Mídia e Deficiência
Hoje foi realizado em Porto Alegre o seminário: Mídia e Deficiência, promovido pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, coordenado por Juliana Carvalho (a quem parabenizo pela iniciativa e pelos projetos desenvolvidos). Neste evento foram discutidos diversos assuntos relacionados à questão do acesso das pessoas com deficiência aos meios de comunicação, bem como debateu-se a maneira como as pessoas com deficiência tem aparecido na mídia, especialmente nos jornais e emissoras de televisão.
Os grupos de comunicação convidados, leia-se RBS e Band (pois os representantes da Record e da TVE fizeram suas falas sobre outros temas), fizeram questão de ressaltar o “favor” que fazem ao cumprirem as leis relativas à acessibilidade e às pessoas com deficiência.
Um longo e profícuo debate se estabeleceu sobre o modo como as redes de comunicação realizam as reportagens e iniciativas voltadas a esses sujeitos. Uns crendo que a visibilidade era o fundamental, mais até do que o modo como esses sujeitos eram retratados. Outros criticando a falta de espaço para apresentarem as pessoas com deficiência na mídia com mudando os estereótipos de vitima, vilão ou herói, mas que deveriam sim, mostrar os sujeitos em suas diferenças, não apenas que: “venceram apesar de tudo”.
Outros tantos temas surgiram, e tenha eu concordado ou não, creio que até mesmo os posicionamentos com os quais não concordo – foram vários – se mostraram salutares, pois é esse compartilhar de ideias que faz com que haja movimentação, debates que de um modo ou outro nos levam a pensar sobre os caminhos a seguir, e sobre aquilo que queremos reivindicar.
Penso as vezes que apenas falar que as coisas não andam bem é muito fácil, mas se dispor a refletir, a ouvir posicionamentos em contrário talvez não seja o que muitos desejam. Digo isso porque o seminário foi muito bem organizado, muito bem formulado, a maioria dos painéis de grande qualidade, dando mais espaço para o debate do que normalmente é feito – vivas por essa iniciativa -, mas a presença de público deixou a desejar. Isso até para mim, parte da platéia, foi frustrante. Claro que se deve ressaltar aqueles que lá estiveram, mas penso que será que não chegou a hora de mudarmos a política do: “vinde a mim”?
Para que as melhoras aconteçam é preciso estar presente, aparecermos, cada um fazer um pouco a mais do que ficar sentado só as benesses. È preciso prestigiar essas iniciativas, refletir, reivindicar, questionar, problematizar... Como dizia Martin Luther King: “não tenho medo do barulho dos maus, mas do silêncio dos bons”.
Portanto, acho que abriu-se um canal, um espaço para discussões que espero e farei o possível para manter viva esta chama...
Hoje foi realizado em Porto Alegre o seminário: Mídia e Deficiência, promovido pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, coordenado por Juliana Carvalho (a quem parabenizo pela iniciativa e pelos projetos desenvolvidos). Neste evento foram discutidos diversos assuntos relacionados à questão do acesso das pessoas com deficiência aos meios de comunicação, bem como debateu-se a maneira como as pessoas com deficiência tem aparecido na mídia, especialmente nos jornais e emissoras de televisão.
Os grupos de comunicação convidados, leia-se RBS e Band (pois os representantes da Record e da TVE fizeram suas falas sobre outros temas), fizeram questão de ressaltar o “favor” que fazem ao cumprirem as leis relativas à acessibilidade e às pessoas com deficiência.
Um longo e profícuo debate se estabeleceu sobre o modo como as redes de comunicação realizam as reportagens e iniciativas voltadas a esses sujeitos. Uns crendo que a visibilidade era o fundamental, mais até do que o modo como esses sujeitos eram retratados. Outros criticando a falta de espaço para apresentarem as pessoas com deficiência na mídia com mudando os estereótipos de vitima, vilão ou herói, mas que deveriam sim, mostrar os sujeitos em suas diferenças, não apenas que: “venceram apesar de tudo”.
Outros tantos temas surgiram, e tenha eu concordado ou não, creio que até mesmo os posicionamentos com os quais não concordo – foram vários – se mostraram salutares, pois é esse compartilhar de ideias que faz com que haja movimentação, debates que de um modo ou outro nos levam a pensar sobre os caminhos a seguir, e sobre aquilo que queremos reivindicar.
Penso as vezes que apenas falar que as coisas não andam bem é muito fácil, mas se dispor a refletir, a ouvir posicionamentos em contrário talvez não seja o que muitos desejam. Digo isso porque o seminário foi muito bem organizado, muito bem formulado, a maioria dos painéis de grande qualidade, dando mais espaço para o debate do que normalmente é feito – vivas por essa iniciativa -, mas a presença de público deixou a desejar. Isso até para mim, parte da platéia, foi frustrante. Claro que se deve ressaltar aqueles que lá estiveram, mas penso que será que não chegou a hora de mudarmos a política do: “vinde a mim”?
Para que as melhoras aconteçam é preciso estar presente, aparecermos, cada um fazer um pouco a mais do que ficar sentado só as benesses. È preciso prestigiar essas iniciativas, refletir, reivindicar, questionar, problematizar... Como dizia Martin Luther King: “não tenho medo do barulho dos maus, mas do silêncio dos bons”.
Portanto, acho que abriu-se um canal, um espaço para discussões que espero e farei o possível para manter viva esta chama...
Nenhum comentário:
Postar um comentário