Hoje pela manhã ocorreu uma exibição especial com audiodescrição do filme: Antes que o mundo acabe (dirigido por Ana Luiza Azevedo), promovida pelo projeto Cerâmica e Inclusão, do Instituto de Artes da UFRGS coordenado pela Profa Cláudia Zanatta.
Os alunos atendidos pelo projeto – que detalharei em outra postagem – são em sua maioria, deficientes visuais (cegos ou com baixa visão), por isso, a exibição do filme foi cercada de alguma expectativa, já que para muitos dos alunos foi uma oportunidade impar de acesso ao cinema de modo a contemplar sua diferença, que lhes proporcionaram novas percepções a partir da audiodescrição, uma das diversas formas de acesso aos bens culturais e de produção artística.
Falo aqui um parenteses para dizer que tive acesso ao projeto com o objetivo de pesquisar sobre este, e me senti tão acolhido e tão interessado, que comecei também a participar como aluno.
O evento contou também com a audiodescritora Letícia Schwartz, que esteve conosco para uma conversa sobre seu trabalho desenvolvido nesta película. Preciso relatar aqui minha admiração pela voz de Letícia, que parece um jardim de rosas vermelhas aveludadas e sem espinhos, cada vez que a ouço é um momento celestial. Confesso que em muitos momentos em que descrevia as cenas torcia para que cada palavra dita durasse para sempre.
As cenas foram excelente bem descritas, o roteiro da descrição é claro, conciso e de fácil compreensão. Além disso, o conjunto da audiodescrição com os diálogos do filme foi muito bem efetuada. Diante disso, entendo também que Letícia – e outros audiodescritores – são mais do que profissionais que provém acesibilidade, são artistas também, já que ao comporem o roteiro da audiodescrição, entrevêem na produção artística (de modo positivo ou não dependo da qualidade do descritor), que na maioria das vezes além de auxiliar os sujeitos com deficiência visual, são também um grande acréscimo à obra.
A sessão fez muito sucesso entre os expectadores, já que durante todo filme ouvia-se apenas o áudio do filme, o que demonstra a total atenção de todos. E os comentários posteriores me permitiram notar o quão satisfeitos e alegres ficaram aqueles que assistiram, por se sentirem acolhidos, por terem conseguido desfrutar plenamente da obra, e da perfeita audiodescrição.
Alguns dos presentes que não possuíam deficiência visual, utilizaram vendas para assistirem ao filme, e ainda que isto não reflita de fato as experiência de quem não enxerga, consideraram um importante exercício de percepção.
Outro fato interessante na conversa, foi a demonstração do desejo e da reivindicação do aumento da audiodescrição para outros filmes e na televisão, algo que beneficiaria os sujeitos com deficiência visual, com um maior acesso à cultura. Para tanto, muitos dos participantes lembraram também, que além da mídia, os museus, teatros e outros espaços culturais deveriam possuir o recurso da audiodescrição, situação na qual Letícia mostrou-se engajada e conhecedora do tema, coadunando com nossas opiniões e reivindicações por um numero maior de iniciativas voltadas ao assunto.
Enfim, poderia dizer muito mais coisas sobre este momento de hoje pela manhã, mas tudo que eu disesse ainda seria pouco perto da satisfação e da alegria que senti, é ótimo começar a semana assim, pois uma atividade como essa me fez considerar a semana ganha desde seu primeiro dia... Parabéns Cláudia pela iniciativa, e Letícia pelo competente trabalho!
Os alunos atendidos pelo projeto – que detalharei em outra postagem – são em sua maioria, deficientes visuais (cegos ou com baixa visão), por isso, a exibição do filme foi cercada de alguma expectativa, já que para muitos dos alunos foi uma oportunidade impar de acesso ao cinema de modo a contemplar sua diferença, que lhes proporcionaram novas percepções a partir da audiodescrição, uma das diversas formas de acesso aos bens culturais e de produção artística.
Falo aqui um parenteses para dizer que tive acesso ao projeto com o objetivo de pesquisar sobre este, e me senti tão acolhido e tão interessado, que comecei também a participar como aluno.
O evento contou também com a audiodescritora Letícia Schwartz, que esteve conosco para uma conversa sobre seu trabalho desenvolvido nesta película. Preciso relatar aqui minha admiração pela voz de Letícia, que parece um jardim de rosas vermelhas aveludadas e sem espinhos, cada vez que a ouço é um momento celestial. Confesso que em muitos momentos em que descrevia as cenas torcia para que cada palavra dita durasse para sempre.
As cenas foram excelente bem descritas, o roteiro da descrição é claro, conciso e de fácil compreensão. Além disso, o conjunto da audiodescrição com os diálogos do filme foi muito bem efetuada. Diante disso, entendo também que Letícia – e outros audiodescritores – são mais do que profissionais que provém acesibilidade, são artistas também, já que ao comporem o roteiro da audiodescrição, entrevêem na produção artística (de modo positivo ou não dependo da qualidade do descritor), que na maioria das vezes além de auxiliar os sujeitos com deficiência visual, são também um grande acréscimo à obra.
A sessão fez muito sucesso entre os expectadores, já que durante todo filme ouvia-se apenas o áudio do filme, o que demonstra a total atenção de todos. E os comentários posteriores me permitiram notar o quão satisfeitos e alegres ficaram aqueles que assistiram, por se sentirem acolhidos, por terem conseguido desfrutar plenamente da obra, e da perfeita audiodescrição.
Alguns dos presentes que não possuíam deficiência visual, utilizaram vendas para assistirem ao filme, e ainda que isto não reflita de fato as experiência de quem não enxerga, consideraram um importante exercício de percepção.
Outro fato interessante na conversa, foi a demonstração do desejo e da reivindicação do aumento da audiodescrição para outros filmes e na televisão, algo que beneficiaria os sujeitos com deficiência visual, com um maior acesso à cultura. Para tanto, muitos dos participantes lembraram também, que além da mídia, os museus, teatros e outros espaços culturais deveriam possuir o recurso da audiodescrição, situação na qual Letícia mostrou-se engajada e conhecedora do tema, coadunando com nossas opiniões e reivindicações por um numero maior de iniciativas voltadas ao assunto.
Enfim, poderia dizer muito mais coisas sobre este momento de hoje pela manhã, mas tudo que eu disesse ainda seria pouco perto da satisfação e da alegria que senti, é ótimo começar a semana assim, pois uma atividade como essa me fez considerar a semana ganha desde seu primeiro dia... Parabéns Cláudia pela iniciativa, e Letícia pelo competente trabalho!
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