No filme, pessoas cegas e com baixa
visão contam suas experiências no acesso ao teatro, exposições, cinema,
literatura, música e entretenimento. A
obra conta com audiodescrição – recurso de acessibilidade que permite acesso a
pessoas com deficiência visual – e legendas – que se destinam ao público com
deficiência auditiva.
Trata-se de uma produção independente,
produzida em caráter acadêmico e dirigida por Felipe Mianes (historiador e doutorando
em Educação pela UFRGS) e Mariana Baierle (jornalista e mestre em Letras pela
UFRGS) – ambos com deficiência visual.
Segundo Mianes, o objetivo do trabalho
é dar voz às pessoas com deficiência visual, destacando suas potencialidades na
relação com o mundo artístico e cultural. “Queremos mostrá-las como
protagonistas de suas trajetórias de vida, para além dos estereótipos e das
restrições”, afirma ele.
Desde os entrevistados até os
diretores de Olhares são indivíduos com diferentes graus de deficiência.
Mariana Baierle comenta que ainda existe a ideia de que o deficiente visual é
apenas o cego. “No documentário buscamos dar espaço também às pessoas com baixa
visão (aquelas com acuidade visual inferior a 30%), que possuem peculiaridades
e representam a maioria entre os deficientes visuais”, afirma ela.
É apenas de inclusão que precisamos? O
que seria realmente a inclusão? O encontro convida à reflexão e ao debate sobre
essas e outras questões trazidas no filme.
FICHA TÉCNICA
Título: Olhares
Gênero:
documentário
Ano: 2012
Direção: Felipe Leão Mianes (historiador e
doutorando em Educação pela UFRGS) e Mariana Baierle (jornalista, mestre em
Letras pela UFRGS e editora do Blog Três Gotinhas). Ambos com deficiência
visual, são pesquisadores na área da produção cultural e prestam consultoria
sobre acessibilidade e audiodescrição
Sinopse: Documentário sobre o acesso à cultura por pessoas com deficiência
visual. Indivíduos cegos e com baixa visão trazem diferentes olhares sobre suas
próprias experiências de vida, debatendo os problemas e as potencialidades de
sua inclusão cultural por meio de recursos como a audiodescrição. Relatos que
nos desafiam a refletir: É apenas de inclusão que precisamos? O que seria realmente
a inclusão?
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