A uma "primeira vista" essa ideia é tão estapafúrdia quanto tomar chocolate quente com sal. Mas para mim, esta se trata de uma questão crucial para todos aqueles que se consideram diferentes, ou que são taxados como tal, como os cegos, por exemplo.
Muitas vezes somos os protagonistas principais de nossa exclusão. Afinal, muitas vezes os primeiros que tendem a rejeitar a deficiência é o próprio deficiente. Já faz um bom tempo, na verdade nem sei bem quando aconteceu, que decidi romper definitivamente os laços com a normalidade, com a cansativa e enfadonha busca pela miraculosa - e quase nunca conseguida - cura
Até porque como diz Lygia Assunção Amaral, em um dos seus livros: "que existe a normalidade isto é inquestionável, mas o que se pode e deve questionar são os critérios que usamos para defini-la". Aceitar-se é o que separa-nos da felicidade ou da melancolia, eu preferi o primeiro.
Afirmo categoricamente, pode-se sim ser deficiente e ser feliz, tenho imenso orgulho em fazer parte da diferença, me orgulho de ser deficiente, pois assim é que eu sou, caso eu não tivesse deficiência seria outro, que não o que sou, para o bem e para o mal.
Me sinto livre, sem formulas milagrosas, sem médicos, sem remédios, apenas eu e minha percepção diferenciada do mundo. Até porque, as vezes quando se enxerga pouco, aprendemos a VER bem melhor. Como diria Evgen Bavcar (fotógrafo e filósofo cego), a deficiência visual não é limitação ou falta, mas novas e venturosas possibilidades de percepção do mundo.
Perdemos tanto tempo de nossas vidas querendo ser o que não somos, que esquecemos dos jardins floridos que há em nós. Para que me servem os olhos da matéria organica, se tenho alta visão com os olhos d'alma.
Aceitarmo-nos é passo fundamental para sermos aceitos, e condição de um amanhã mais feliz. O pior cego é o que quer ver, porque este não se aceita como tal, mal sabe ele, o quão bela sua deficiência pode ser.
Muitas vezes somos os protagonistas principais de nossa exclusão. Afinal, muitas vezes os primeiros que tendem a rejeitar a deficiência é o próprio deficiente. Já faz um bom tempo, na verdade nem sei bem quando aconteceu, que decidi romper definitivamente os laços com a normalidade, com a cansativa e enfadonha busca pela miraculosa - e quase nunca conseguida - cura
Até porque como diz Lygia Assunção Amaral, em um dos seus livros: "que existe a normalidade isto é inquestionável, mas o que se pode e deve questionar são os critérios que usamos para defini-la". Aceitar-se é o que separa-nos da felicidade ou da melancolia, eu preferi o primeiro.
Afirmo categoricamente, pode-se sim ser deficiente e ser feliz, tenho imenso orgulho em fazer parte da diferença, me orgulho de ser deficiente, pois assim é que eu sou, caso eu não tivesse deficiência seria outro, que não o que sou, para o bem e para o mal.
Me sinto livre, sem formulas milagrosas, sem médicos, sem remédios, apenas eu e minha percepção diferenciada do mundo. Até porque, as vezes quando se enxerga pouco, aprendemos a VER bem melhor. Como diria Evgen Bavcar (fotógrafo e filósofo cego), a deficiência visual não é limitação ou falta, mas novas e venturosas possibilidades de percepção do mundo.
Perdemos tanto tempo de nossas vidas querendo ser o que não somos, que esquecemos dos jardins floridos que há em nós. Para que me servem os olhos da matéria organica, se tenho alta visão com os olhos d'alma.
Aceitarmo-nos é passo fundamental para sermos aceitos, e condição de um amanhã mais feliz. O pior cego é o que quer ver, porque este não se aceita como tal, mal sabe ele, o quão bela sua deficiência pode ser.
Nenhum comentário:
Postar um comentário