domingo, 15 de fevereiro de 2015

Sabado à noite

Sábado à noite.
Renascem os fantasmas.
E o ciúme fere como adaga afiada.
Sabendo estar em outros braços.
E mesmo dizendo querer estar a meu lado.
Insiste em dar a outrem teus abraços.

O ponteiro do relógio que passa arrastado.
É como espada lentamente me ferindo.
Cada segundo que vai passando,
aperta meu coração até o ver sangrando

No meu quarto escuro e triste.
Chego a ouvir as palavras que te dizem.
Que nunca serão tão amorosas como as minhas.
Posso até ver os beijos que concede,
a uma boca que repele,
e mesmo assim não o impede.

No domingo se prolonga.
Toda essa dor que me toma.
O sofrimento me consome.
Ja não tenho sede nem fome.
Sinto-me menor que um grão de areia.
Tenho inveja da alegria alheia.
E dos casais que podem,
se mostrar por inteiro.
Eles não têm maior amor que o meu.
Mas tem a todo tempo,
alguém para chamar de só seu.

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