Sol na serra
congela
Meus pensamentos em ti.
Sol na serra
Tempestade
Me inunda de saudade
Um espaço para exposição de minhas ideias e percepções de mundo, debatendo dentre tantos temas, sobre as questões relacionadas às pessoas com deficiência visual, acessibilidade e inclusão. Não espero apresentar soluções, mas ser provocativo e pôr em xeque as certezas
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Súplica ao tempo
Essa saudade me arrebata.
Ao viscejar tua distância.
O coração se despedaça.
Pensando em tua ausência.
Relógios correm inconstantes.
Eu perco a noção do tempo.
Os dias passam em branco e preto.
Querendo te ter com tanta pressa.
Rogo com ardor essa prece.
Noites em claro.
Amanhecer que segue escuro.
Quando teu brilho não está por perto.
Todo segundo parece incerto.
Não importando o que foi ou será vivido.
Só contigo minha vida faz sentido.
Em teus braços faço eterna morada.
Onde será para sempre amada.
Ao viscejar tua distância.
O coração se despedaça.
Pensando em tua ausência.
Relógios correm inconstantes.
Eu perco a noção do tempo.
Os dias passam em branco e preto.
Querendo te ter com tanta pressa.
Rogo com ardor essa prece.
Noites em claro.
Amanhecer que segue escuro.
Quando teu brilho não está por perto.
Todo segundo parece incerto.
Não importando o que foi ou será vivido.
Só contigo minha vida faz sentido.
Em teus braços faço eterna morada.
Onde será para sempre amada.
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
Anestesiado
Eu vejo o homem deitado na laje
fria.
Viro o rosto e disperso.
Com qualquer outra trivialidade
me amorteço.
À base de felicidades via oral
uma vez ao dia.
Compadeço-me com o drama alheio.
Até que eu fique de saco cheio.
E em menos de cinco minutos,
procuro uma injeção de reality
show.
Faço campanhas e doo alimentos.
Curto e compartilho tanto
sofrimento.
Não ofereço nenhum real alento.
No próximo clique tudo cai no
esquecimento.
Mulher inocente espancada e
morta,
Homens assassinados por amarem um
ao outro.
Menino cego impedido de estudar.
Tanta gente que foge para ter
paz.
Só o que temos para dar.
São as manchetes de jornal.
E no dia seguinte tudo se torna
tão banal.
Vejo o pobre garoto.
Morto à beira-mar.
Uma lágrima sincera até pode
despencar.
E como mais que isso não quero
dar.
Mudo de canal e espero a novela
me anestesiar.
Tento dormir para esquecer.
Sonho com tudo que quero e não
posso ter.
Finjo que eu nada posso fazer.
No dia seguinte outras
brutalidades virão.
Enquanto eu sigo,
Agarrado ao acaso pela mão.