Uma semana atrás, dia 20 de novembro especificamente, terminou o parapanamericano (ou seja, uma olimpíada das américas, na qual competem pessoas com deficiência) e o Brasil ficou em primeiro lugar no quadro geral de medalhas.
Não! Não foi erro de digitação e nem mesmo eu estou maluco, o Brasil ficou mesmo na frente até dos EUA. Uma bela demonstração do potencial dos atletas brasileiros com deficiência, infinitamente superiores aos atletas do pan-americano, que nadavam e morriam na praia.
Quando os atletas e pessoas ligadas ao esporte tentam explicar os motivos pelos quais o Brasil ainda tem um desempenho pífio nas competições olímpicas e pan-americanas, o primeiro argumento tido como o mais forte e inquestionável é a falta de patrocínio.
De fato, esse é um problema que faz com que não tenhamos um desenvolvimento esportivo a contento. Mas, imaginem, se os atletas conhecidos e tidos como tipicamente “perfeitos fisicamente” não conseguem patrocínio, como ficam os atletas com deficiência?
Muitos deles, não têm qualquer incentivo e usam grana do próprio bolso, ou trabalham em outras profissões para bancarem suas carreiras de atletas. Outros, recebem Bolsa Atleta do governo brasileiro, porém chega a ser um valor quase irrelevante para o treinamento de competidores de alto rendimento.
O que noto é que primeiro os paratletas brasileiros ganham suas medalhas e depois reclamam da falta de patrocínio, ou seja, na ordem invertida dos atletas considerados “normais” que antes mesmo de competir já justificam suas derrotas. Enquanto isso, os atletas cegos, com baixa visão, com deficiência física ou intelectual são a demonstração de um infinito potencial dos sujeitos com deficiência.
Não quero dizer com isso que esses atletas são heróis, pois creio que isso não corresponde a verdade. São sim, pessoas dedicadas e competentes naquilo que fazem, são de fato vencedores. Não vencedores por terem se superado, afinal, para mim jamais alguém com deficiência irá se superar, pois eu sempre espero o máximo desses sujeitos, nunca duvidando em nenhum momento de suas qualidades.
Chamei-os de vencedores por ultrapassar estereótipos de incapacidade, por serem medalhistas de ouro, por lutarem sem incentivo governamental ou patrocínio privado e por não justificarem suas derrotas através desses argumentos financeiros.
Esse fantástico desempenho dos atletas com deficiência nessa competição são uma das diversas demonstrações de que não precisamos de benevolência, de caridade ou de assistencialismo, mas sim, de OPORTUNIDADE, profissionalismo e acessibilidade.
Mesmo assim, muitas reportagens de televisão e jornal tentam espetacularizar as conquistas desses atletas, como se tivessem feito algo impossível. Fico incomodado quando somos tratados como espetáculos quando vamos a lugares ou somos tidos como exemplos pelo fato de participarmos da vida social ao nosso modo..
Não somos celebridades da superação, somos pessoas que desejam ser como são e ter os mesmos direitos que os demais. Por fim, peço que nos tratem com menos heroísmo e assistencialismo, e mais com crença em nossas potencialidades e respeito a nossa diferença.
Peço que mirem as conquistas esportivas e profissionais dos sujeitos com deficiência não como uma epopéia, mas como a demonstração de uma potencialidade que sempre tivemos, e que a pouco tempo estamos tendo o direito de apresentar à sociedade. Temos muitos medalhistas de ouro com deficiência por ai, basta que os deixemos brilhar.
Não! Não foi erro de digitação e nem mesmo eu estou maluco, o Brasil ficou mesmo na frente até dos EUA. Uma bela demonstração do potencial dos atletas brasileiros com deficiência, infinitamente superiores aos atletas do pan-americano, que nadavam e morriam na praia.
Quando os atletas e pessoas ligadas ao esporte tentam explicar os motivos pelos quais o Brasil ainda tem um desempenho pífio nas competições olímpicas e pan-americanas, o primeiro argumento tido como o mais forte e inquestionável é a falta de patrocínio.
De fato, esse é um problema que faz com que não tenhamos um desenvolvimento esportivo a contento. Mas, imaginem, se os atletas conhecidos e tidos como tipicamente “perfeitos fisicamente” não conseguem patrocínio, como ficam os atletas com deficiência?
Muitos deles, não têm qualquer incentivo e usam grana do próprio bolso, ou trabalham em outras profissões para bancarem suas carreiras de atletas. Outros, recebem Bolsa Atleta do governo brasileiro, porém chega a ser um valor quase irrelevante para o treinamento de competidores de alto rendimento.
O que noto é que primeiro os paratletas brasileiros ganham suas medalhas e depois reclamam da falta de patrocínio, ou seja, na ordem invertida dos atletas considerados “normais” que antes mesmo de competir já justificam suas derrotas. Enquanto isso, os atletas cegos, com baixa visão, com deficiência física ou intelectual são a demonstração de um infinito potencial dos sujeitos com deficiência.
Não quero dizer com isso que esses atletas são heróis, pois creio que isso não corresponde a verdade. São sim, pessoas dedicadas e competentes naquilo que fazem, são de fato vencedores. Não vencedores por terem se superado, afinal, para mim jamais alguém com deficiência irá se superar, pois eu sempre espero o máximo desses sujeitos, nunca duvidando em nenhum momento de suas qualidades.
Chamei-os de vencedores por ultrapassar estereótipos de incapacidade, por serem medalhistas de ouro, por lutarem sem incentivo governamental ou patrocínio privado e por não justificarem suas derrotas através desses argumentos financeiros.
Esse fantástico desempenho dos atletas com deficiência nessa competição são uma das diversas demonstrações de que não precisamos de benevolência, de caridade ou de assistencialismo, mas sim, de OPORTUNIDADE, profissionalismo e acessibilidade.
Mesmo assim, muitas reportagens de televisão e jornal tentam espetacularizar as conquistas desses atletas, como se tivessem feito algo impossível. Fico incomodado quando somos tratados como espetáculos quando vamos a lugares ou somos tidos como exemplos pelo fato de participarmos da vida social ao nosso modo..
Não somos celebridades da superação, somos pessoas que desejam ser como são e ter os mesmos direitos que os demais. Por fim, peço que nos tratem com menos heroísmo e assistencialismo, e mais com crença em nossas potencialidades e respeito a nossa diferença.
Peço que mirem as conquistas esportivas e profissionais dos sujeitos com deficiência não como uma epopéia, mas como a demonstração de uma potencialidade que sempre tivemos, e que a pouco tempo estamos tendo o direito de apresentar à sociedade. Temos muitos medalhistas de ouro com deficiência por ai, basta que os deixemos brilhar.